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Suicídio

Suicídio

 

À Revista Espírita Dr. Bezerra de Menezes, tem a oportunidade de apresentar este assunto através da análise efetuada pela Associação de Divulgadores de Espíritas de Portugal (ADEP - www.adeportugal.org/) através de programa televisivo, apresentado abaixo, ocorrido em 11/01/2012. Que apesar da data deste programa já ser consideravelmente recuada, os assuntos abordados mantêm-se extremamente atuais e de grande utilidade assisti-lo.

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Na segunda parte de nossos estudos apresentamos trabalho do Grupo Marcos (Brasil) que através de seus programas semanais, PodSim, analisa as realidades contidas na obra de Camilo Castelo Branco, através da médium Yvone A. Pereira, intitulado, Memória de um Suicida. Estudo comentado que vem ocorrendo há cinco semanas e como todos os programas semanais estão disponíveis para todos poderem virtualmente assistir ou baixar em formato MP3 ou MP4, para sua maior comodidade.

Finalmente, encerrando esta apresentação, Da Revista Espírita de  1867, disponibilizamos relato sobre o suicídio no reino animal.

 

A todos os nossos fraternais abraços e desejamos bom estudo

 

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Regressão de Memória e Caridade segundo o Espiritismo - PodSim18

Estudaremos a prática de regressão de memória no mundo espiritual que tem por objetivo o amadurecimento emocional que leva a prática da caridade segundo o Espiritismo. O processo educativo é conduzido por Epaminondas de Vigo um grande iniciado nos mistérios da Índia e do Egito antigos.

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Anibal de Silas – PodSim 17

 

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Suicídio por Amor e Dever - PodSim 16

Conversaremos sobre o um caso estudado por Allan Kardec, no livro O Céu e o Inferno, em que um jovem e uma jovem cometem suicídio para não trair seus compromisso conjugais.

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Arquivos da Alma - PodSim 15  

Conversaremos sobre o capítulo Memórias de um Suicida, Agenor Penalva é levado a fazer uma regressão de memória pelos instrutores espirituais com o objetivo de autoconhecer-se e educar-se.  É  uma experiência interessantíssima.

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Vale dos Suicidas - PodSim 14

Estudamos essa região espiritual descrita no primeiro capítulo do livro Memória de um Suicida.

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Síntese do PodSim 18:

 

 

- Nenhuma tentativa para a recuperação moral será eficiente, se continuarmos nos prantos e na ignorância de nós próprios. Será indispensável, primeiramente, averiguarmos quem somos de onde viemos e para onde iremos. Só assim iremos nos convencer do valor da nossa própria personalidade, devotando a nós mesmos toda a consideração e a máxima estima. Até aqui meus amigos, vocês tem caminhado às cegas pelas niquelações da Terra e estágios no astral. Vem movimentando-se em círculo vicioso, sem conhecimentos nem virtudes que os induzam a um progresso satisfatório. Mergulhados nos desejos impuros da matéria, passivos aos impulsos das mais nocivas paixões, têm ignorado graças a ma vontade ou a indiferença que o Todo Poderoso os enalteceu com essências divinas.

  - Bem vindos ao nosso PodSim, eu sou Carlos Luiz. Vocês ouviram o trecho de uma aula de Epaminondas de Vigo, realizado na Colônia Espiritual Maria de Nazaré. Uma cidade universitária para recuperação dos suicidas. Epaminondas nos fala da importância do alto conhecimento. O que diz o Livro dos Espíritos sobre isto. Na questão 919, Kardec indaga: “Qual o meio mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do mal?”.

Quer dizer: Qual a melhor maneira para não nos tornarmos vítimas das nossas próprias imperfeições? Esta é a pergunta.  A resposta (dos Espíritos) é simples e objetiva: “Um sábio da antiguidade já vos disse: Conhece-te a ti mesmo”. Este professor, ele vai ensinar aos alunos processos de alto conhecimento. Dentro desses processos, que envolve o conhecimento da própria formação da Terra, da evolução da vida no planeta, utilizando métodos semelhantes ao do nível de Silas. Como falamos no programa anterior, ele projetava a vida do Cristo e a partir dali, daquele filme, real, ele ensinava o Evangelho. Epaminondas de Vigo, ele vai primeiro projetar a evolução do Planeta Terra. Desde sua formação em conjunto com o Sol, a evolução da vida, a época dos dinossauros, os primeiros homens,e depois, todo o processo evolutivo. Num momento seguinte, Epaminondas de Vigo, ele vai fazer a regressão dos alunos. O que a gente chama na Terra de regressão de memória, no plano espiritual também. Ele vai fazer com que cada um avalie a sua existência, algumas vezes, várias experiências anteriores para que a partir da compreensão dos erros se possa crescer. E ai é importante entender a lógica desse processo é o que ele fala no início do programa: “Apenas quando nós temos conhecimento de causa de quem nós somos, dos nossos erros e acertos, podemos nos guiar com acerto na vida.” Agora, não se iludam, não é uma proposta teórica. Pelo o que a gente vê nesta cidade universitária a teoria está sempre ligada à prática e ao sentimento. Não é uma reunião burocrática. Você na encarnação tal fez isto, na encarnação tal fez aquilo. A três mil anos atrás matou alguém. Não é assim que funciona, porque a regressão feita em profundidade, ela leva o indivíduo a reviver aqueles momentos. O que significa que ele sente novamente. Talvez alguém pergunte: mas não é crueldade, você pegar espíritos suicidas ainda fragilizados e fazer com que eles se lembrem não apenas do suicídio, mas da encarnação em que ele foi suicida e muitas vezes de encarnação anterior?

- Porque o suicídio é a fuga da prova escolhida. Porque escolheu aquela prova e para entender este motivo, muitas vezes ou frequentemente tem que se investigar em outras encarnações. Por que escolhi tal prova e tentei fugir me matando? Vai se entender aonde aquela provação que o indivíduo tentou fugir se originou. É processo doloroso, desagradável, mas como ele ensina e explica é indispensável. Porque se o indivíduo não entendeu seu processo evolutivo, e o indivíduo não tiver verdadeiro arrependimento de seus erros e ainda não se dispuser verdadeiramente de reparar seus erros, ele vai continuar no circulo vicioso das encarnações inferiores como fala Emmanuel.  Ele reencarna, faz questão de esquecer e depois se acha vítima, injustiçado. Começa alimentar uma revolta profunda e prejudica os outros e até se mata, como é o caso aqui estudado. Então tem um objetivo sério, não é lembrar por lembrar, não é lembrar para ter assunto na hora da conversa fiada. É um processo sério, difícil, mas indispensável, porque o indivíduo que não passa por este processo, a probabilidade dele cometer os mesmos erros é muito grande. Um historiador já disse uma frase bem conhecida: O povo que ignora o seu erro no passado, torna a cometer os mesmos erros. Podemos falar isto sobre as verdades espirituais, sem sombra de dúvida. Nós vamos ouvir uma das seleções, pelo relato do livro, todos os alunos participam, todos os alunos fazem suas regressões e há análises muito interessantes que a gente irá poder abordar nos outros programas e que vocês, certamente,  estão convidadíssimos a descobrir elemento na obra: Memória de um Suicida. Tudo o que estamos falando aqui neste programa, falamos no programa anterior, está na terceira parte. Na cidade universitária Maria de Nazaré, nós escolhemos entre outros trechos a regressão de Amadeu Ferrari para que vocês tenham noção de como se dá este processo no mundo espiritual.

_ Amadeu Ferrari

_Não mestre, creio que ainda não estou preparado.

_Não invente mais desculpas. Chegou o momento de voltar ao passado.

Um minucioso exame de consciência passou a resgatar os feitos de suas antigas migrações terrenas.

_Compreenderá assim, Amadeu, a razão das circunstancias dolorosas em que vive neste momento. Circunstancias com as quais não se conformou e, para resolvê-las, comprometeu-se ainda mais com o suicídio.

Retornando ao princípio, passando do suicídio para o início daquela existência, eis que Amadeu surgia em condições bem diferentes. E, realmente, os motivos da pobreza que o arruinaram, residiam em uma encarnação anterior. Assim como daquele câncer que o torturava, daquela rejeição ao amor que absorveu suas últimas forças, tornando-se incompatível com o desejo de viver. 

_Viram meus caros aprendizes. A cortina do presente foi reaberta, o primeiro véu da consciência foi suspenso a fim de que no palco de outra existência, um drama imenso fosse revelado.

Trama que não atingiu a um ou dois indivíduos, mas a uma sociedade. Envolvendo, mesmo, uma raça heroica e sofredora.

Amadeu Ferrari apareceu-nos descrito pela sua própria mente no ano de 1840, como traficante de escravos negros, de Angola para o Brasil. Era, então, de nacionalidade portuguesa e daí a nossa afinidade com ele. Em repetidas viagens enriquecia-se no comércio impiedoso. Amadeu foi um homem extremamente ambicioso, não media esforços para retornar milionário a metrópole. Impondo incontáveis martírios aos miseráveis. Pobres criaturas que arrecadava para escravizar, vendendo-as a outros criminosos.

- Observem bem este triste exemplo de crueldade. Vejam como Amadeu, em vida passada, satisfazia-se com os maus tratos aos negros. Ordenando chicoteá-los pela razão mais insignificante ou mesmo, por nenhum motivo.

Comovidos, pudemos contemplar pela incrível tela espelhada, os castigos impostos àqueles seres indefesos. Amadeu os expunha a fome e a sede, a tortura e a separação das famílias. Vendia aqui os filhos, ali, a mãe e mais além o pai. Os quais nunca mais se encontrariam a não ser mais tarde no além-túmulo. E muito destes desgraçados morriam de fome, vítimas da nostalgia, da saudade dos seres amados.

Os espíritos aprendizes acompanhavam a tudo, impressionados. Viram Amadeu em sua grandiosa fazenda, violentar uma jovem escrava negra, mal saída da infância. A pobre moça procurando encobrir na morte a vergonha que a angustiava cometeu o suicídio.

Seu desventurado pai, no momento de supremo desespero, diante do cadáver da filha, acusou Amadeu pelo suicídio.

_ É verdade, meus alunos, seus olhos não mentem. Observem agora, exatamente, o que Amadeu fez. Ordenou que seus violentos capatazes queimassem a língua do velho escravo a ferro em brasa até vê-lo desmaiar das convulsões da agonia.

Enquanto Camilo e seus companheiros comoviam-se, Amadeu debatia-se violentamente, dominado por convulsões indescritíveis.

_ Não! Meu Deus, como eu pude fazer isto? Quanta maldade, quantos defeitos eu tenho, oh pai. Piedade, Senhor. Piedade...

Dor e arrependimento inundaram o coração do condenado, que repetia na presença da numerosa assembleia, a súplica que deu origem à sua existência reparadora.

_ Desgraçado e miserável que sou. Oh todo Poderoso, deixa que eu volte mais uma vez a qualidade humana, que eu veja a minha própria língua, a boca e a garganta desaparecerem sobre qualquer malefício. Que estes órgãos experimentem a mesma desgraça sofrida pelo desventurado escravo.

Há neste momento uma comoção na plateia, gerando comentários.

_ Silêncio, silêncio. Concentrem-se. Amadeu ainda tem mais a dizer.

_ Dá-me a miséria, meu Deus. Que eu sofra o suplicio da fome, da sede e que nem mesmo eu possa falar a fim de me queixar. Que viva todo incapaz, com dor, Deixando-me sozinho com a própria humilhação.

_ Está certo. É inevitável o seu retorno às reencarnações expiatórias, Amadeu Ferrari. Outra vez, sofrerá com a pobreza e o câncer, agravados, agora, com os males acumulados pelo suicídio.

_ Obrigado, Irmão Epaminondas. Graças a Deus, louvada seja Maria de Nazaré.

_ Mas é imprescindível que não conserve ilusões, meu irmão. Mais de uma encarnação reparadora será necessária para resgatar os crimes que acabamos de recordar.

Ouvimos depoimento do Amadeu Ferrari e todo o seu drama. Talvez a gente possa se perguntar qual o objetivo de tudo isso. Mas podemos resumir com a palavra: desenvolvimento emocional. Amadurecimento emocional. Os crimes cometidos por ele foram cometidos. Os crimes perturbam-lhe a paz, mesmo estando até esquecidos anteriormente. O fato dele se lembrar dá-lhe condição de primeiro, como ensina Kardec, arrepender-se. Você só se arrepende daquilo que você sente que fez errado. Segundo: enfrentar as provas necessárias.  Terceiro: reparar o erro.  Se nós observarmos com honestidade, veremos que a história de Amadeu Ferrari não deve ser tão diferente da nossa. E se nós tivermos coragem de sentirmos os nossos erros do passado, nós chegaremos ao sentimento da verdadeira indulgência, porque a consciência de culpa faz com que sempre estejamos acusando os outros. Quando a gente tem coragem de sofrer pelos nossos erros, verdadeiramente aprendemos a ser indulgentes conosco e com os outros. A indulgência que não é fuga. A indulgência que é compreensão humana. Eu também já matei alguém. Eu não posso querer que um assassino seja punido de uma forma excessiva. Ele deve receber a punição do crime, mas não a vingança social nem individual, porque também não quero isto para mim, porque eu sei que já cometi crimes piores muitas vezes do que aquele que eu estou querendo condenar excessivamente. Então, a regressão, quando ela trabalha o sentimento de uma forma lúcida e honesta, nos ensina a verdadeira indulgência. A verdadeira indulgência é na verdade a compaixão. É colocar-se no local do outro.

Enquanto nós fugimos de nossas dores, nós nunca evoluiremos espiritualmente. Conhecer a nossa história, sentir as nossas dores, nos entristecer com nossos erros e nos alegrar com os nossos acertos. É o enfrentamento íntimo. Santo Agostinho na continuidade da questão 919, não ensina nada de diferente. Avaliai diariamente. Na época a gente não tinha este recurso da regressão. Na época do Livro dos Espíritos. Depois foi A. de Rocha, espírita, um dos mais clássicos, mais conhecidos, que desenvolveu a primeira técnica no Ocidente da regressão de memória, não por acaso. Hoje são usadas das mais diversas maneiras, inclusive, em terapias muito sérias. Em outro programa a gente poderá falar disso. Outro aspecto para entender o nosso passado é entender o valor da vida. Não é entender teoricamente. Dizer que nós morremos e continuamos a viver na vida espiritual, isso é essencial, mas mais importante ainda é sentir, ter esse sentimento que viemos ao mundo para aprender. É Isto que Epaminondas de Vigo quer despertar em seus alunos, um sentimento profundo de retenção, como ele diz. Que nós precisamos ter consideração por nós mesmos. Nós só vamos ter consideração por nós mesmos, quando nos amarmos, nos conhecendo. Porque enquanto a gente pensar: eu me amo porque sempre fui muito bom, é uma mentira, uma afirmação mentirosa. Eu me amo, apesar de todos os erros que eu fiz. Eu os assumo, eu sofro por eles, reparo-os. E assim não os cometo mais. Enquanto nós fingirmos sermos evoluídos e fugimos de nosso passado, nós criamos a farsa de uma espiritualidade superficial, mentirosa, que ao chegarmos ao mundo espiritual vai ter que reconhecer que alimentamos ilusões. Tudo isto para quê? Para nos mostrar que o único caminho que nos leva a Deus. E chegar a Deus exige que antes galguemos os degraus do autoconhecimento.  Do nosso presente, do nosso passado, dos nossos erros, dos nossos acertos, das provas a serem enfrentadas para nunca mais cairmos no complexo de vítima. Coitado de mim, eu sofro demais, eu não aguento. Ou o complexo do acusador, a culpa é sempre, que está muito ligada, a culpa é dos outros. Os outros são que não me entendem, os outros é que são os criminosos, os outros são os culpados. Por que tudo isso são fugas emocionais para disfarçar a nossa realidade. Então, Epaminondas de Vigo, um espírito que já foi apresentado em outro programa, um grande iniciado do Egito, um iniciado da Índia, foi discípulo de Simão Pedro. Morreu queimado, na época do Nero que perseguiu os cristãos, depois foi queimado na inquisição da Espanha. Um espírito que há muitos milênios consegue ter reencarnações vitoriosas e evoluir muito, tanto no mundo físico, quanto no espiritual. E que não mais teria que estar vinculado, sequer à cidade universitária de Maria de Nazaré.   Mas ali está por misericórdia, e é importante entender, muitas vezes, como ensina Jesus, a misericórdia tem que ser firme para nos ajudar a quebrar as nossas ilusões tão arraigadas e que nos levam ao vício das reencarnações inferiores. Sempre disfarçando, sempre mentindo, e nunca crescendo. Então o Espiritismo vem revelar a doutrina secreta. A doutrina da verdadeira caminhada para Deus. Do autoconhecimento, do autoenfrentamento, da superação, porque quanto mais equilibrados nós somos, mais poder nós temos de exercer a caridade. Esta caridade é a benevolência para com o outro, quer dizer, ajuda objetiva. Um indivíduo equilibrado ajuda mais. Se caridade é como define o Livro dos Espíritos, indulgência, um indivíduo que conhece os próprios erros é capaz de entender e perdoar os erros dos outros de verdade. Então os espíritos definem caridade, como indulgência, benevolência e perdão das ofensas. Está no Livro dos Espíritos. Para que a gente viva isto de maneira profunda, o autodescobrimento e o recurso da regressão são de extremo valor. 

Bem, despeço-me, agradecendo a todos a atenção, aos e-mails. Já recebemos as pessoas que se filiaram ao blog, desejando a todos, muita paz, muita alegria, e encaminhando agora para o nosso encerramento, espaço que dedicamos aos nossos amigos espirituais. Um grande abraço a todos.

Leitura: Capítulo XII – Amai os vossos inimigos.

Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra

Aprendestes que foi dito: olho por olho e dente por dente. — Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal que vos queiram fazer; que se alguém vos bater na face direita, lhe apresenteis também a outra; — e que se alguém quiser pleitear contra vós, para vos tomar a túnica, também lhes entregueis o manto; — e que se alguém vos obrigar a caminhar mil passos com ele, caminheis mais dois mil. — Dai àquele que vos pedir e não repilais aquele que vos queira tomar emprestado. (S. MATEUS, cap. V, vv. 38 a 42.)

 

Pedimos neste instante o amparo do Cristo, a proteção de nossos amigos espirituais, para a recepção da mensagem final de nosso programa de hoje.

_Que a Paz do Cristo, inunde os vossos corações.

Coragem, paz, determinação, são atributos do verdadeiro cristão em busca de Deus. Em busca de si mesmo, em busca da misericórdia do Pai. Caminhemos corajosamente na estrada do autoconhecimento, na mesma medida em que devemos nos deslocar socialmente, para atender as camadas mais baixas da sociedade, aos seres mais sofridos e abandonados, bem como os bem-aventurados do mundo material e desgraçados do mundo espiritual por não terem amor no coração.

A proposta do Cristo não merece mais barreiras cerceadoras. Nosso mestre andou em todos os ambientes, dialogou sobre o Pai e as vidas passadas, vivenciou a mediunidade e ensinou o perdão. Bastam de barreiras que limitam a expressão do amor de Deus trazido por Jesus de Nazaré. Regressão, sopa, caridade moral, atendimento fraterno, socorro aos obsessivos, são uma só e a mesma coisa: expressão do amor que iniciamos a cultivar em nossos corações. 

Trabalhadores do bem, sede ousados em vossos empreendimentos cristãos. Não se limitem as estreitas amarras da realidade institucional. Não, nosso Mestre assim não agiu, nosso Mestre assim não ensinou, nosso Mestre assim não quer. Veja com os olhos do espírito a metodologia abençoada da Cidade Espiritual Maria de Nazaré. Estudo, prática, regressão, desobsessão, socorro, fraternidade. E quando um dia o amor brotar em nossos corações entenderemos de uma vez por todas, em todos os ambientes em que haja uma alma disposta a doar-se pelo amor. Ali, tudo isso se realizará automaticamente, porque a desobsessão é feita muitas vezes quando um espírito encarnado movido por amor cria um ambiente de paz. E os espíritos obsessores são socorridos. As cirurgias espirituais tantas vezes se realizam por meio da simples imposição de mãos. Porque a fraternidade é a força que nos deve mover em direção ao modelo maior de nossas vidas.  Jesus de Nazaré. Muita Paz, do amigo do Grupo Marcos.

 

Suicídio nos animais

 

 

 

Revista Espírita 1867 » Fevereiro » Variedades » Suicídio dos animais


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Contava o Morning-Post, há alguns dias, a estranha história de um cão que se teria suicidado. O animal pertencia a um senhor chamado Home, de Frinsbury, perto de Rochester. Parece que certas circunstâncias haviam levado a considerá-lo suspeito de hidrofobia e que, por conseguinte, evitavam-no e o mantinham afastado da casa tanto quanto possível. Ele parecia experimentar muito desgosto por ser assim tratado, e durante alguns dias notaram que ele estava de humor sombrio e magoado, mas sem mostrar ainda qualquer sintoma de raiva. Sexta-feira viram-no deixar o seu nicho e dirigir-se para a residência de um amigo íntimo de seu dono, em Upnor, onde recusaram acolhê-lo, o que lhe arrancou um grito lamentável.

“Depois de esperar algum tempo diante da casa sem obter permissão para entrar, decidiu-se a partir, e viram-no caminhar na direção do rio que passa perto dali, descer a barranca com passo deliberado e em seguida, depois de voltar-se e emitir uma espécie de uivo de adeus, entrar no rio, mergulhar na água e, ao cabo de um ou dois minutos, reaparecer à tona, sem vida.

“Este ato de suicídio extraordinário, segundo dizem, foi testemunhado por grande número de pessoas. O gênero de morte prova claramente que o animal não estava hidrófobo.

“Tal fato parece muito extraordinário. Sem dúvida encontrará incrédulos. Não obstante, diz o Droit, não lhe faltam precedentes.

“A história nos conservou a lembrança de cães fiéis que se entregaram a uma morte voluntária, para não sobreviverem a seus donos. Montaigne cita dois exemplos, tirados da Antiguidade: “Hyrcanus, o cão do rei Lisímaco, seu senhor morto, ficou obstinado sobre sua cama, sem beber nem comer, e no dia em que queimaram o corpo de seu senhor, ele correu e atirou-se no fogo, onde foi queimado, como fez também o cão de um tal Pyrrhus, porque ele não saiu de cima do leito do seu dono desde que ele morreu, e quando o levaram, deixou-se levar com ele, e finalmente lançou-se na fogueira onde queimavam o corpo de seu dono.” (Essais, liv. II, cap. XII). Nós mesmos registramos, há alguns anos, o fim trágico de um cão que tendo perdido a estima de seu dono, e não achando consolo, tinha-se precipitado do alto de uma passarela no canal Saint-Martin. O relato muito circunstanciado que então fizemos do caso jamais foi contraditado e não deu lugar a qualquer reclamação das partes interessadas.”

(Petit Journal, 15 de maio de 1866).

 

Não faltam exemplos de suicídio entre os animais. Como se disse acima, o cão que se deixa morrer de inanição pelo pesar de haver perdido o dono, realiza um verdadeiro suicídio. O escorpião, cercado por carvões acesos, vendo que não pode sair, mata-se. É uma analogia a mais a constatar entre o espírito do homem e o dos animais.

A morte voluntária de um animal prova que ele tem consciência de sua existência e de sua individualidade. Ele compreende o que é a vida e a morte, pois escolhe livremente entre uma e outra. Ele não é, portanto, uma máquina, e não obedece exclusivamente a um instinto cego, como se supõe. O instinto impele à procura dos meios de conservação, e não de sua própria destruição.